30 de março de 2010

Transmídia

O termo Midia pode apresentar diversos significados, entre eles, trata dos meios de comunicação, dos veículos de comunicação de massa, como também pode referir-se a uma atividade específica da publicidade, entre outros. O objeto deste estudo, é porém, a mídia enquanto meio de comunicação através das imagens.

Com o advento da Globalização e, consequentemente, com a evolução dos meios tecnológicos, novas formas de comunicação surgiram. Entre elas a Transmídia, que refere-se a um fenômeno da comunicação, cujo objetivo é integrar as diversas possibilidades de comunicação, tendo como diferencial a possibilidade de trabalhar as múltiplas plataformas de mídia existentes, simultaneamente.

Eliane Pereira define o termo Transmídia como “a criação de inúmeras ferramentas de acesso e a geração de novos focos de interesse, que são os atuais movimentos da indústria de entretenimento e publicidade. Tudo isto é pensando em termos estratégicos: abordar conteúdos em diversas mídias, gerar interação e envolvimento, impactar o maior número de pessoas das mais variadas formas e, com isso, obter o maior lucro possível”.

Henry Jenkins , criador do termo “narrativa transmídia”, afirma que “o formato transmídia é irreversível”.

Exemplificando o sucesso no uso da Transmídia no Brasil, podemos citar o Big Brother Brasil que, além de transmitido pela TV aberta, pode ser também acompanhado pela TV a cabo, internet e pelo celular. A internet é um dos principais meios de interatividade com o programa, uma vez que, através dela, os telespectadores têm o poder de decidir quem irá continuar no programa ou não. Assim, inúmeras comunidades virtuais foram criadas, com o intuito de debater os aspectos inerentes ao programa.

Outros casos onde se observa grande êxito na empregabilidade da Transmídia são: a trilogia ‘O Senhor dos Anéis’, as estórias de super heróis (como Watchman, X-Men e Hulk, entre outros), a Saga de Star Wars e mais recentemente, o sucesso em 3D de ‘Avatar’.


A trilogia ‘O Senhor dos Anéis’, originalmente escrita pela britânica J.R.R. Tolkien foi adaptada para o rádio, para os cinemas e, posteriormente, para os palcos e TV. Além destas adaptações, foram também feitas inserções do conteúdo da trilogia em músicas, como em “The Battle of Evermore”, do grupo britânico de rock Led Zeppelin e ainda desenhos animados, como em um episódio de South Park, denominado “O Retorno do Senhor dos Anéis às Duas Torres”.

Conhecido como “o Midas da narrativa transmídia”, Jeff Gomez participou da campanha publicitária de Avatar, que custou US$ 150 milhões como responsável pelo desenvolvimento narrativo do filme. Sua empresa, a Starlight Runner Entertainment, foi contratada para formatar estórias de modo que elas possam ser reproduzidas nas mais diversas mídias. Sobre o futuro da narrativa transmídia, Jeff Gómez afirma que: “Agora que começamos a entender que mídias diferentes podem ser usadas como instrumentos para contar uma história, podemos tocar sinfonias. Os usuários mudarão a narrativa e, em alguns momentos, a obra original - e essa metanarrativa pode ser maior que a arte que a gerou. Em vez de se pintarem de azul e saírem correndo por aí como Na'vis, os fãs poderão construir uma narrativa maior.”

O interesse do consumidor por ferramentas que promovam cada vez mais sua interatividade com o produto, resulta num fenômeno conhecido como “viralização”. As revoluções originadas pela transmídia, bem como essa viralização das campanhas publicitárias, passaram a ser utilizadas como ferramentas de marketing, devido ao grande retorno em lucratividade, em contrapartida ao baixo custo e bom potencial de alcance de consumidores.
Observa-se seu uso, mais comumente, entre as grandes marcas que, visando lucros crescentes, distribuem seus produtos em todo o mundo, adquirindo novos consumidores (com perfis e gostos diferenciados) a cada dia. Isso ocorre porque, devido à grande repercussão gerada pelos usuários de novas tecnologias, principalmente da internet, produtos emergidos das novas plataformas passaram a migrar para as antigas plataformas. A exemplo de uma campanha feita pela Nike, na qual após repetidas vezes após a veiculação do vídeo na internet, foi reproduzido também pelas TV’s aberta e fechada, além da sua repercussão nos canais de notícias.

Todos esses fatores levam o profissional de mídia a analisar e adotar a transmídia como ferramenta para veiculação de determinadas campanhas, não apenas pelo seu poder de abrangência, mas em especial, pela certeza da aceitação e aderência do público, acarretando num retorno imediato para seu cliente.

26 de março de 2010

Propaganda ou Publicidade?

Você sabe o que é Publicidade? E Propaganda?
Vamos dar um pulinho lá no Wikipedia...

"A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de idéias - em especial atividades como o planejamento, criação, veiculação e produção de peças publicitárias - associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial.
Já propaganda é um modo específico de se apresentar uma informação, com o objetivo de servir a uma agenda. Seu uso primário advém de contexto político, referindo-se geralmente aos esforços patrocinados por governos e partidos políticos."

Trocando em miúdos...

Se procurarmos nos Dicionários da Lígua Portuguesa, encontraremos:

Propaganda. [Do lat. Propaganda, do gerúndio de propagare, ‘coisas que devem ser propagadas’. ] S.f. 1. Propagação de princípios, idéias, conhecimentos ou teorias. 2. Sociedade vulgarizadora de certas doutrinas. 3. Publicidade.
(Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa, 1994).

Publicidade. [Calcado no fr. Publicité.] S. f. 1. Qualidade do que é público; "a publicidade dum escândalo". 2. Caráter do que é feito em público; a publicidade dos debates judiciais. 3. A arte de exercer uma ação psicológica sobre o político com fins comerciais ou políticos; propaganda; propaganda: agência de publicidade; "a publicidade governamental". 4. Cartaz, anúncio, texto, etc., com caráter publicitário: "duas páginas de publicidade no jornal". (Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa, 1994).

Mas, pra simplificar:
Publicidade: é todo o conjunto formado por veículos, agências, ações, etc. (Por isso se diz meio publicitário, peças publicitárias, etc). Também engloba toda ação recebida do meio de forma espontânea, não paga.
Propaganda são as peças publicitárias, ou seja, o que é feito de forma paga para se receber publicidade.
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De acordo com o publicitário João José Werzbitzki, no mundo todo, o termo propaganda é utilizado para definir a criação e a difusão de mensagens ideológicas, políticas ou religiosas.
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Curiosidades:
No Brasil, na época da escravidão, eram os reclames que cumpriam a mesma função – tanto que anúncios foram chamados de reclames até a década de 50, no século passado - e ainda são assim chamados em Portugal e em outros países onde se fala o Português. Em Portugal, destaco, é publicidade – que é diferente de propaganda – lá inclusive usam o verbo “publicitar”.
Agora sim, hein?! Então, responda: o que é Propaganda? E Publicidade?

25 de março de 2010

Mídias Inusitadas


Em 2008, a Quit, uma instituição londrina antitabagista sem fins lucrativos colou nos cinzeiros públicos (que geralmente ficam localizados nas proximidades de bares e restaurantes) um adesivo semi-transparente em forma de pulmão. Os tocos de cigarros lá depositados ficam à mostra, como se estivessem dentro do órgão. De acoro com a agência Saatchi & Saatchi de Londres, a campanha foi criada com o intuito de causar pânico nos fumantes.

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A agência alemã Jung von Matt/Neckar usou, para atrair o público durante um evento, pequenos banners amarrados em moscas varejeiras que circulavam pelo local. O intuito era promover o stand da Editora Eichborn (que usa como símbolo uma mosca) durante a Feira do Livro de Frankfurt. Na medida em que pousavam no público, as moscas não somente os atraía, como também causava-lhes curiosidade. O resultado foi melhor que o esperado pela agência e pela editora: E o maior frissom na imprensa!

Está aí mais um caso bem interessante de Marketing de Experiência.

Para quem desejar assistir o vídeo e testemunhar o resultado, o qual foi além do esperado pela agência e pela editora: não apenas uma incrível interatividade entre a tão divertida e inusitada mídia, mas também, o maior frissom na imprensa!

Segue o link:

http://www.youtube.com/watch?v=ldC7FQiUJ6s&feature=player_embedded

20 de março de 2010

Merchandising Social



É uma das formas de se promover uma conscientização social, defender uma ideologia, acerca de um tema ou questão de relevância para a sociedade. Neste tipo de merchandising, ficam bem evidentes o compromisso educacional com a sociedade, sem fins lucrativos.

É muito comum encontrar essa prática em programas de TV, principalmente em telenovelas, onde fica bem clara a proposta e a resposta da população geralmente é imediata, diante de seu impacto e objetividade.

Seguem alguns exemplos de merchandising social que eu fui buscar lá no fórum interativo da disciplina Promoção de Vendas e Merchandising, no 6° semestre.

Síndrome de Down: Novela Páginas da Vida
http://www.youtube.com/watch?v=kQgAuXUQlXk

Imigração Clandestina: Novela América
http://www.youtube.com/watch?v=YYBNqdfgpps

Esquizofrenia: Novela Caminho das Índias
http://www.youtube.com/watch?v=TO-bNsoibbc

Violência da Mulher: Novela Mulheres Apaixonadas
http://www.youtube.com/watch?v=Vp-vwwE1_AE#

Aquecimento Global: Novela A Favorita
http://www.youtube.com/watch?v=RYYlrm2uGlc&feature=player_embedded

Gravidez na Adolescência: Novela Três Irmãs
http://www.youtube.com/watch?v=CdLQsaeUPsY

18 de março de 2010

Mídias Sociais

Você está confuso com toda essa profusão das mídias sociais e acha que elas estão se espalhando mais do que a Influenza A? Pois saiba que você não está sozinho. Muitas companhias pensam que estão se tornando reféns da variedade de redes integradas aos seus noticiários, telefones celulares e até mesmo a “antiquada” inbox. Já que não há muitas maneiras de ficar de fora disso sem perder o mercado, é melhor embarcar nesse bonde das mídias sociais e colaborar com a revolução da comunicação.

As mídias sociais sempre estiveram aí. Desde que o homem se comunica, pelo menos. Mas agora, com toda a tecnologia que nos aproxima e nos torna cada vez mais notórios, as mídias sociais estão ganhando cada vez mais importância em nossas vidas. Para muitos, postar no Twitter o cardápio do café da manhã é mais relevante do que ler uma manchete em algo “arcaico” como um jornal impresso. É uma corrente constante de posts, crowdsourcing¹ e conectividade como nunca se vira.

As pessoas pediram por maneiras mais rápidas de se encontrar e de ter mais, digamos, espaço que incorpore que elas conheçam bem (ou nem tanto). Tudo passa pela necessidade de compartilhar momentos que teriam sido deixados para trás, ou de finalmente poder virar aquela mosquinha para saber o que o outro está fazendo.

As pessoas falam o que pensam e recebem feedback instantâneo. Também encontram pessoas com pensamentos parecidos e começam a figurar nos trending topics da vida e formar comunidades que qualquer assunto que você possa imaginar. É reconfortante saber que existem outros com os mesmos ideais em qualquer canto do planeta, então formam-se laços, a pessoa sente que se encaixa em algo.

Isto pode parecer muito óbvio para você, leitor, mas as pessoas jurídicas, o pensamento corporativo nem sempre enxerga as coisas desta maneira. Pelos motivos que mencionei antes é que a parceria entre os negócios e as mídias sociais se torna tão importante. Primeiro, e acima de tudo, é lá onde está o seu público. Você também tem que estar lá porque seu concorrente também estará. E por último e não menos importante, é onde o futuro de seu negócio está.

Enquanto pensa se deve ou não entrar nessa, saiba que para que tenha ainda mais sucesso no futuro haverá um momento onde você deverá decidir. A televisão e o rádio não vão desaparecer, entretanto, eles já não têm mais a mesma força de antes e a convergência ainda não é muito bem explorada. O efeito de compartilhar, de participar na elaboração do conteúdo chama muito mais atenção do que simplesmente assistir a algo previamente formatado. O público já deixou claro que quer fazer parte de um diálogo e quer estar próximo o suficiente para falar e ser ouvido.

Mesmo assim, ainda é muito complicado para empresas. O gerenciamento e a relação com os clientes nas mídias sociais transitam por um campo delicado. Existem as coisas certas a fazer e as coisas a evitar. Existem efeitos colaterais inesperados. Mas tenha sempre em mente que você precisará de duas coisas: bom senso e credibilidade.

Como está escrito na maioria dos manuais de vendas, antes de falar com seu cliente, pergunte-se antes como gostaria de ser tratado. Depois de pensar nas possíveis respostas, provavelmente o que você não vai querer são aqueles simples, genérico e robotizado “Veja a minha promoção”. É bem melhor ser tratado individualmente, como um ser humano único, não é? Receber coisas de seu interesse e ter um atendimento personalizado é praticamente uma garantia de que o cliente comprará mais vezes e eventualmente se tornar um fã de sua marca, compartilhando com amigos e criando uma boa impressão para muito mais pessoas. É um retorno que vai além da simples venda. É assim que os grandes casos de sucesso em mídias sociais começam.

Usar mídias sociais não é simplesmente criar links em uma miríade de serviços, entrar quando tiver tempo e esperar pelas reações. O macete é integrar a mídia ao seu negócio; fazer uma parceria, no melhor sentido da palavra. Tenha um plano que incorpore o tempo de seus funcionários, as habilidades sociais e libere-os nas redes. Mantenha informações relevantes e atuais ao alcance de seus seguidores e comece a ganhar respeito e influência. Os seguidores já têm (eu presumo) seus contatos em seu perfil e já sabem onde e o que comprar. Então não é necessário dar uma overdose de “promoções relâmpago”, a não ser que você tenha algum método muito criativo e inovador de fazer isso e não ser cansativo. Ou seja, a participação nas redes sociais deve ser parte ativa do negócio, com todo o gerenciamento que as outras áreas têm. Não é e não deve ser tradada como algo secundário, apenas experimental.
Você pode se surpreender com os bons resultados de dividir com o público coisas divertidas, atigos informativos, eventos e atividades dos empregados. Pode parecer estranho, mas isso também ajuda a aumentar a credibilidade e ganhar mais seguidores do que apenas tentar fazer vendas. Claro que isso também é importante, mas vai deixar de ser se isso for tudo o que você tem a oferecer.

Lembre-se de que isso tudo também serve para você. Para quem quer fazer marketing pessoal, conhecer pessoas ou até arrumar um emprego. E então? Está pronto para essa parceria?

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¹ De acordo com o Wikipedia: O crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias. O crowdsourcing é o “novo lugar da mão-de-obra barata: pessoas no dia-a-dia usando seus momentos ociosos para criar conteúdo, resolver problemas e até mesmo para pesquisa e desenvolvimento”.

Fonte: 30 segundos.

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