28 de março de 2009

Alianças Estratégicas - Parte I

Entende-se por Aliança Estratégica a união circunstancial de dois ou mais parceiros, onde uma das partes subsidia os produtos ou serviços e a outra parte participa com o compartilhamento de seu mercado de clientes e de relacionamentos, tendo por objetivo concreto, através de uma relação de parceria, a concepção de novos negócios com benefícios mútuos, ou seja, usufruir empreendimentos em comum.

Apesar da crescente disseminação de alianças pelos continentes, o que pode ser observado como característica do avanço da globalização, ainda percebe-se a necessidade de medidas a serem rigorosamente cumpridas, nos diversos níveis de comprometimento de um empreendimento. A exemplo, citamos a responsabilidade sócio-ambiental, de modo a propiciar a sustentabilidade do empreendimento, no que tange aos cuidados com a preservação do ecossistema e da biodiversidade. Devido à necessidade de sobrevivência das empresas face ao mercado nacional e internacional e aos seus consumidores, os investimentos sociais privados passaram a ganhar maior importância. De acordo com SROUR numa economia competitiva, os gestores não podem deixar de ponderar os distintos interesses de seus stakeholders .

Pesquisas realizadas pelo Instituto ETHOS, mostram que a prática de políticas voltadas para a responsabilidade social é traduzida em resultados positivos tanto para a sociedade como para a empresa, sendo realizadas de forma autêntica. É necessário que haja a cultura da responsabilidade social incorporada à cultura organizacional. Como vantagens, as organizações que investem em responsabilidade social e ambiental podem adquirir valorização da imagem institucional e da sua marca; maior lealdade do consumidor; maior capacidade de recrutar e manter talentos; flexibilidade; capacidade de adaptação e longevidade. Um grande exemplo de organização que focaliza as ações sociais e ambientais é a Petrobrás.

Ainda verificamos a necessidade de um plano de crescimento regional, a fim de manter um controle quanto ao crescimento desordenado da localidade em questão, como também visar à absorção da mão-de-obra local.

Outro aspecto considerado de extrema importância dentro do conjunto de políticas econômicas é a geração de incentivos fiscais, como forma de aquecer o mercado e a economia locais, através da cobrança de menores impostos.

Existe ainda, um outro fator de extrema importância para o entrave do desenvolvimento econômico: são as barreiras fiscais. Estas consistem em processos burocráticos e de logística, que apenas lesionam a economia por meio das longas filas de espera no transporte da mercadoria, assim como do trabalho de fiscalização de mercadoria em trânsito, além dos riscos de apreensão da mercadoria oriundas de empresas que possuam pendências fiscais.

Pode ser considerado exemplo de Aliança Estratégica bem sucedida, a instalação da montadora norte-americana Ford Motor, no município de Camaçari – Ba, em 2001. Desde que se instalou na região, a montadora não apenas reduziu o índice de desemprego, através da absorção da mão-de-obra local, como também cumpriu com todas as medidas impostas e aplicou mais de dois bilhões em investimentos privados. Desde então, propiciou o crescimento do município em mais de 80%, na década de 90, quando manteve o seu PIB o maior do estado, ultrapassando inclusive, o da capital Salvador.

Mais um exemplo de AE recente é a fusão das operações financeiras entre os bancos Itaú e Unibanco, formando o Itaú Unibanco Holdings, maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Com a fusão, o banco Itaú ganha escala para expansão de suas atividades além das fronteiras brasileiras.

Conhecemos por Globalização, um fenômeno de ordem econômica que permite maior dinâmica e expansão de atuação do capitalismo, dada a interligação e interação de países, considerando seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. As grandes empresas multinacionais são consideradas as maiores agentes da globalização. Após a Segunda Guerra Mundial, pôde-se observar um aumento significativo dos investimentos estrangeiros. Este crescimento é o que caracteriza mais claramente a globalização, onde cada vez mais, os países estão motivados a atrair investimentos produtivos, por gerarem riquezas e contribuírem para o crescimento econômico das nações. Atualmente, vivemos a etapa da globalização que consiste numa recente expansão capitalista. Neste ponto, inserem-se as Alianças Estratégicas, que objetiva a obtenção de benefícios em comum, através de parcerias entre duas ou mais partes.

Para obter sucesso, as empresas buscam vantagens de modo a sobreviverem à competitividade e às constantes ameaças que constituem as diversas etapas de mutabilidade oferecidas pela globalização. Através destas alianças são trocadas informações e tecnologias, a fim de amenizar os efeitos das crises econômicas mundiais e aumentar sua economia.


15 de março de 2009

Educomunicação - Que bicho é esse?

MAS, AFINAL, O QUE É EDUCOMUNICAÇÃO?

Profº Dr. Ismar de Oliveira Soares Coordenador do Núcleo deComunicação e Educação da ECA/USP

Num dos encontros promovidos pelo projeto Educom. rádio, em São Paulo, no primeiro semestre de 2004, uma cursista procurou a articuladora para perguntar-lhe:
- Afinal, o que é Educomunicação?
Em seguida, explicou a razão de sua dúvida: tivemos muitas palestras, algumas sobre comunicação e outras sobre assuntos relacionados aos temas transversais. Tivemos workshops e oficinas sobre produção radiofônica. Tudo muito interessante, mas não ficou claro o que tem tudo isso a ver com a falada educomunicação...
A articuladora logo retrucou:
- Mas você não se lembra da palestra do Prof., Ismar, na reunião conjunta no Liceu Coração de Jesus, no dia de março?
- Já faz tempo! Disse a professora, dando a entender que faltava um elo de conexão entre o que fora dito no início do curso e o que passou a ocorrer depois.
A indagação da professora preocupou-me, pois implantar a educomunicação nas escolas públicas do Município de São Paulo como filosofia e metodologia de trabalho é justamente o objetivo de nosso curso.
Para que fique claro sobre o que estamos falando, recordo, para a professora que manifestou sua dúvida, bem como para todos os cursistas do Educom.rádio, que, para oNCE-ECA/USP, a Educomunicação define-se como um conjunto das ações destinadas a:
1 - integrar às práticas educativas o estudo sistemático dos sistemas de comunicação (cumprir o que solicita os PCNs no que diz respeito a observar como os meios de comunicação agem na sociedade e buscar formas de colaborar com nossos alunos para conviverem com eles de forma positiva, sem se deixarem manipular. Esta é a razão de tantas palestras sobre a comunicação e suas linguagens);
2 - criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos , o que significa criar e rever as relações de comunicação na escola, entre direção, professores e alunos, bem como da escola para com a comunidade, criando sempre ambientes abertos e democráticos. (Muitas das dinâmicas adotadas no Educom apontam para as contradições das formas autoritárias de comunicação);
3 - melhorar o coeficiente expressivo e comunicativo das ações educativas (Para tanto, incluímos o rádio como recurso privilegiado, tanto como facilitador no processo de aprendizagem, quanto como recurso de expressão para alunos, professores e comunidade);
A Educomunicação necessita que sejam observados alguns procedimentos sem o quais fica irreconhecível, entre os estes:
a) É necessário prever e planejar \'conjuntos de ações\', no contexto do plano pedagógico das escolas, e não ações isoladas (uma ação isolada não modifica as relações de comunicação num ambiente marcado por práticas autoritárias de comunicação);
b) Todo planejamento deve ser participativo envolvendo todas as pessoas envolvidas como agentes ou beneficiárias das ações (por isso, convidamos os professores, alunos e membros das comunidades a desenvolverem planejamentos conjuntos);
c) As relações de comunicação devem ser sempre francas e abertas (a educomunicação busca rever os conceitos tradicionais de comunicação, como se existisse apenas para persuadir ou fazer a boa imagem dos que detêm poder e fama. Aqui, a comunicação é feita para socializar e criar consensos);
d) O objetivo principal é o crescimento da auto-estima e da capacidade de expressão das pessoas, como indivíduos e como grupo. Aliás, este é o grande objetivo também do Projeto Vida, que sustenta e dá o suporte necessário para que o Ecucom.rádio exista e se desenvolva plenamente.
–E o rádio, professor, onde fica? Pode alguém perguntar. Ao que respondo:
–Existe um recurso da comunicação mais versátil e mais democrático, em seu uso efunções, do que o rádio?
Se o leitor ou leitora ainda tiver dúvidas sobre os objetivos do Educom.rádio e sobre o conceito de educomunicação, certamente os colegas e os próprios estudantes poderão ajudar a responder. Afinal, somos uma comunidade de aprendizes!

Fonte: http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/saibamais/textos/

10 de março de 2009

Desvendando o Marketing

É muito comum que escutemos, hoje em dia, o termo Marketing ser utilizado em diversas situações. Mas, o que é e para que serve o Marketing?
Bem, vamos começar contrariando o que dita o senso comum: marketing não é apenas uma estratégia para vender produtos. Quando surgiu, o marketing limitava-se muito aos departamentos de comunicação das organizações, sendo mais especificamente voltado para a propaganda até, aproximadamente, a chegada dos anos 60.
Depois disso, o mkt passa a ser empregado de maneira mais ampla, através da prática dos 4 P's (produto, praça, preço e promoção). Conseqüentemente, as organizações modificaram a sua conceituação sobre o mkt e, cada vez mais, percebem-no não apenas como um departamento pertinente a uma organização mas, como um conjunto de ações essenciais para sua sobrevivência - independente de qual seja a sua área de atuação.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More